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quinta-feira, 28 de março, 2024
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Itamaraty afirma que busca voos ou rotas alternativas para brasileiros que estão em países do Sul da África

Todos os voos foram suspensos devido à variante ômicron do coronavírus, e brasileiro diz que faltam informações e sobram incertezas sobre como sairão do país. Passageiros à espera de embarque no aeroporto de Johannesburgo, na África do Sul, na sexta-feira (26)
AP Photo/Jerome Delay
O Ministério das Relações Exteriores informou em nota nesta segunda-feira (29) que acompanha “atentamente a situação dos brasileiros impossibilitados de viajar” por estarem em países do Sul da África que tiveram suas fronteiras com o Brasil fechadas para evitar a disseminação da variante ômicron do coronavírus.
Segundo o Itamaraty, os postos no exterior, juntamente com as companhias aéreas que atuam na região, estão em busca de voos ou rotas alternativas para que os brasileiros possam embarcar.
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De acordo com a portaria nº 660, estão proibidos, em caráter temporário, a partir desta segunda, voos internacionais com destino ao Brasil que tenham origem ou passagem por África do Sul, Botsuana, Reino de Essuatíni, Reino do Lesoto, Namíbia e Zimbábue nos últimos 14 dias.
Apenas na África do Sul, a Embaixada em Pretória e o Consulado-Geral na Cidade do Cabo registraram pedidos de assistência de aproximadamente 240 brasileiros, sendo 230 turistas, após a criação de um formulário virtual no Portal Consular.
Daniel, seu pai, Roberto, a mãe, Laura, e o irmão, Rafael, durante viagem à África do Sul
Arquivo pessoal
Entre eles estão o paulista Daniel Trigo Rizzuto e sua família, que tiveram o voo de volta para o Brasil no último domingo (28) cancelado e estão ainda sem perspectivas de quando poderão viajar.
“Estamos vivendo uma tensão enorme. Ninguém sabe de nada. Eles não sabem quando vai ter o retorno das operações de voo, todos os voos foram cancelados de fato. Os voos que iriam sair hoje também já estavam cheios, não dava para realocar ninguém. Falaram para retornar lá na segunda-feira para ter mais informações. A gente não tem a menor ideia do que vai acontecer”, conta ele, que está na Cidade do Cabo.
No domingo, ele e a família entraram em contato com a Embaixada brasileira na África do Sul e preencheram o formulário disponibilizado.
“O que nós gostaríamos é de uma definição do governo. Porque foi determinado o fechamento [das fronteiras aéreas brasileiras para pessoas vindas do continente africano], e a gente compreende que é uma medida de segurança, mas nada foi dito em relação a como que as pessoas que estão aqui na África, não só na África do Sul, mas os outros cinco países… Como que elas vão voltar para casa?”, questiona.
E emenda: “Como que a gente fica nessa situação? Vai ter algum voo de emergência para a gente conseguir ir para casa? Porque a vida vai continuar, a gente tem compromissos, e é a nossa casa, a gente precisa voltar… Até agora a gente não tem a menor ideia de como vai voltar”.
Daniel, seu pai, Roberto, o irmão, Rafael e a mãe, Laura, durante viagem à África do Sul
Arquivo pessoal
Daniel diz que soube da nova variante por meio de amigos e familiares que estão no Brasil. “Por aqui, sabemos apenas o que ouvimos no rádio, que surgiu uma nova variante, que está sendo estudada, mas que não tem nenhuma solução. E tudo está funcionando normalmente, bares, restaurantes, mercados, feiras, cafés… Não parece que o pessoal esteja preocupado com isso.”
O engenheiro diz que ninguém no grupo está com nenhum sintoma de Covid-19, lembra que fizeram testes para poder viajar, e que todos deram negativo. Neste sábado, fariam um novo exame, mas, com o cancelamento do voo, isso também foi suspenso.
Com o fim das férias programado para este domingo, ele teria de voltar também para o trabalho, e, por isso, está tentando negociar com o chefe. “Essa incerteza está deixando a gente muito preocupado. Temos trabalho, minha namorada, que está em São Paulo, os amigos, a família… E não sei até quando vou ter que ficar aqui. Estou conversando com todo mundo de lá para ter compreensão e paciência neste momento.”
A essa falta de previsão sobre o retorno se somam os gastos que surgiram com a necessidade de estender a viagem por tempo indeterminado, já que os custos com hospedagem e alimentação estão sendo bancados pela própria família. “Estamos pagando tudo, não sabemos se haverá algum reembolso.”
Daniel, o irmão, Rafael, e os pais, Roberto e Laura, durante viagem à África do Sul
Arquivo pessoal
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Fonte: G1

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