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Jorginho eterno: família abre baú de memórias do único bicampeão da Libertadores pelo Flamengo

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Falecido no início de 2020 vítima de Covid, massagista é único funcionário que esteve em Montevidéu-81, Lima-2019 e carregava museu rubro-negro e da Seleção Brasileira em casa Em 2020, o Flamengo perdeu Jorge Luiz Domingos, mais conhecido como Jorginho, funcionário mais antigo do clube que sofreu uma parada cardiorrespiratória e morreu em razão de complicações provocadas pela Covid-19. Ele era o único bicampeão da Libertadores e guardava dentro de casa um baú de memórias de sua trajetória. Ao ge, a família do massagista revelou detalhes da vida do funcionário, que deixou duas filhas, cinco netos e um bisneto.
Danilo e Helena Viana, neto e esposa de Jorginho, massagista do Flamengo
Arquivo Pessoal
Jorginho foi casado com Helena Viana por 44 anos. A esposa, que já era separada do primeiro casamento, tinha duas filhas pequenas. Jorge Luiz construiu a família e se tornou pai, avô e bisavô. Contador de histórias e inspiração para os netos, o massagista tinha amor à vida e orgulho da trajetória pelo Flamengo, no qual esteve em um casamento por 40 anos, e até uns flertes com a Seleção Brasileira, já que foi campeão do mundo em 2002.
– Ele era muito orgulhoso da história dele, sempre contava para os netos. Ele começou a trabalhar com 12 anos para ajudar a mãe. Ele tinha um orgulho gigante, chegava em casa e falava “Deus, muito obrigado, porque tem gente que tem muito estudo e não conseguiu fazer a trajetória que eu fiz” – disse Helena.
– Ele sempre tinha uma história para contar, sempre dava exemplos, eu tentei seguir a carreira de jogador, não consegui. Mas ele sempre foi me mostrando, mostrando quem não conseguiu, quem conseguiu me dava exemplos. Ele fala da história da Copa em uma entrevista que o Ronaldo e o Rivaldo deram que se não fosse as massagens dele talvez o Brasil não seria campeão porque o Ronaldo teve um problema no joelho na época – finalizou o neto Danilo Viana.
Recordação de Jorginho da Seleção Brasileira
Arquivo Pessoal
Camisa da Seleção Brasileira autografada para Jorginho
Arquivo pessoal
No Flamengo desde 1980, Jorginho acompanhou de perto a geração vitoriosa de Zico e companhia. Rubro-negro de coração, ele esteve presente nas maiores conquistas da história do clube, como o Mundial e a Libertadores de 1981 e, mais recentemente, nas conquistas da Libertadores e do Brasileiro de 2019. Após 40 anos de serviços, o massagista era o único bicampeão legítimo do torneio continental ainda no clube.
Jorginho e Adílio nos anos 80 no Flamengo
Arquivo pessoal
Jorginho também trabalhou na CBF e foi campeão do mundo em 2002 com a seleção brasileira, na Copa da Coreia e do Japão. Em sua casa é possível recordar as lembranças vividas naquele tempo de Seleção e de Flamengo com medalhas, camisas autografadas e até mesmo imagens ao lado de Ronaldo Fenômeno e Vampeta.
Medalhas de Jorginho, massagista do Flamengo
Arquivo Pessoal
Vampeta e Jorginho nos tempos de Seleção Brasileira
Arquivo pessoal
Jorginho e Ronaldo Fenômeno
Arquivo Pessoal
Jorginho sofreu um AVC em dezembro de 2019 e em março de 2020 contraiu a Covid. Apesar da idade avançada, o massagista vivia uma vida com condições saudáveis. O Calcanhar de Aquiles de Jorge Luiz foi a difícil recuperação do derrame. Em casa, não gostava de falar de morte, era um amante da vida.
– Ele era muito forte, o problema é que ele não tinha se recuperado do AVC, tinha cinco, sete dias que ele tinha saído do hospital. Ele lutou para viver, ele amava a vida. Ele era um homem com os pés no chão.
Camisa do Flamengo autografada de presente para Jorginho
Arquivo pessoal
Quem conhecia Jorginho o adorava e admirava, disse Helena. Na Ilha do Governador, onde moravam, o massagista era visto como celebridade e era tietado pelos moradores nos bares locais por trabalhar no Flamengo.
– Ele ia para um ‘barzinho’ que tem aqui perto que a gente chama de pé sujo e quando ele estava sozinho, coitado, as pessoas pediam camisa, ingresso. Eu falava: “Jorge, você tem muita paciência”. O Jorge era muito comunicativo. Todos gostavam dele.
Camisa de Diego Ribas, do Flamengo, como presente para Jorginho
Arquivo Pessoal
Camisa de Vitinho, do Flamengo, de presente para Jorginho
Arquivo pessoal
No sábado, sem Jorginho, mas com a sua lembrança entre os jogadores, o Flamengo entra em campo para tentar o tricampeonato da Libertadores. Às 17h (de Brasília), enfrenta o Palmeiras, no Estádio Centenário, em Montevidéu, mesmo local da conquista do primeiro título em 1981.

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Fonte: Globo Esporte

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