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Torcedora que viralizou em festa do Palmeiras corneta Gabigol e lamenta não ir à final: “Muito caro”

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Maria Eloíza, de 82 anos, é apaixonada pelo Verdão e esteve presente na celebração da torcida antes da viagem do elenco palmeirense para a disputa da final da Libertadores Com festa da torcida, Palmeiras deixa Academia e segue para o aeroporto de Guarulhos
– Meninos, deem tudo que puderem, que o título é nosso!
Essa era a mensagem que Maria Eloíza, de 82 anos, queria dizer aos jogadores do Palmeiras durante a festa da torcida na saída da delegação rumo ao Uruguai, para disputar a final da Libertadores no dia 27, contra o Flamengo.
A foto de Maria segurando um cartaz com a frase “alma e coração” viralizou nas redes sociais nesta quarta-feira. O ge conversou com a palmeirense de longa data, que demonstra seu amor pelo Palmeiras em cada fala.
Maria Eloíza, de 82 anos, aguardando a saída da delegação palmeirense rumo ao Uruguai
Henrique Toth
– Eu sou apaixonada pelo Palmeiras. Eu não gosto de ficar sentada, né, então eu ando o dia inteiro. Eu amo de paixão. É a única coisa que gosto. Não gosto de cinema, teatro, novela, eu gosto do Palmeiras. Eu sou do movimento, e ali eu me encontro, converso com todo mundo, fico no meu cantinho… – respondeu Maria ao ser questionada sobre a disposição para esse apoio.
A torcedora conta que chegou cedo à Academia de Futebol para dar o último adeus ao elenco antes da final. Antes na grade de segurança, Dona Maria conseguiu um espaço especial para assistir à festa da torcida palmeirense.
– Quando chegamos em um lugar cheio de gente, o pessoal já abre espaço pra mim (risos). Na saída do ônibus, a polícia falou para tomar cuidado. Acho que a mais velha era eu mesmo (risos). Aí eu perguntei se tinha jeito de me tirar da grade. Ele foi e rapidinho tirou – conta.
– Passamos e ficamos do outro lado, em um lugar que deu para ver tudo e curtir a festa. O elenco foi com uma energia positiva muito boa. Espero que o efeito no sábado venha para nós – completou.
Torcedores do Palmeiras cercam o ônibus na saída do CT
Henrique Toth
Sobre a frase escrita na placa que segurava, Dona Maria diz que mostra o “amor sincero” dela pelo Palmeiras. A frase “alma e coração” é de uma música cantada pela torcida palmeirense.
– Tudo que é cantado ali, para mim, é dez. Isso significa o amor sincero que temos. Ali não temos interesse maior de nada, a gente quer a vitória. Eu gosto dos meninos (os jogadores) como se fossem um filho ou um neto mesmo. Amo todos. E não gosto que falem mal de nenhum.
Para a final da Libertadores, Maria seguirá com a sua reza de sempre. Se a decisão for para os pênaltis, porém, a torcedora prefere fechar os olhos.
– Eu rezo para todos os anjos, todos os santos e todas as almas. Eu converso com eles. Têm me atendido. Agora, não sei quem tem o santo mais forte, se aqui, se o outro lado também reza. Mas eu rezo muito, muito. Converso com São Benedito todo dia. Toda vez que sai um café, o primeiro é dele – conta.
– A única hora que eu saio, que eu não aguento ver, são pênaltis. Eu sento, mas rezo.
A antiga professora frequenta estádios para assistir ao Palmeiras desde 1993, aos 53 anos, e até viu final de Libertadores no estádio, em 1999.
– Na de 99 eu estava bem atrás onde o Marcos estava fazendo a dele, sabe. Na hora que a bola vai para fora e ele sai correndo, nossa, foi uma alegria. É inesquecível. Daí a gente fica muito entusiasmada, e vamos para o Japão, vamos para o Japão…
– Um dos sobrinhos, que ia para os jogos comigo, falava: “Tia, vamos para o Japão”. E eu, mais que depressa, falava sim. Mas depois ele não falava mais. Acho que ele convida por convidar. É um moço, levar uma velha, é chato, né? (risos) – relembra Maria.
Maria Eloíza no Mundial de 1999, disputado no Japão
Arquivo pessoal
Viagem ao Japão feita, derrota palmeirense para o Manchester United, e Dona Maria relembra assim:
– Pena que o Marcos falhou, coitado. Paciência. Mas o Alex fez um gol, que era legal – e se tivesse VAR? – Mas se fosse um VAR que nem Daronco, não dá pé. Chegamos lá, conhecemos, animação no dia do jogo. Mas na hora do resultado, chorei tanto, tanto… O japonês do hotel até veio para mim e fez um sinal para eu não chorar.
Ingresso caro e Gabigol “metido”
Apesar de toda a sua paixão, assim como muitos torcedores de Palmeiras e Flamengo, Maria não vai conseguir ir até o Estádio Centenário por ser “muito caro”. Ela lamenta.
– O ingresso é caro, e a viagem não é barata. Você vai para lá, vai ter que ter hotel, alguma coisa, e nossa situação no Brasil não está permitindo isso. A Covid atrapalhou todo mundo. Acho que devia ter um jogo no Rio e um no São Paulo, um jogo só no Brasil, deveria ficar aqui. É muito dinheiro para o momento que o mundo vive – comenta.
– Mas, nossa senhora, se eu fosse para o Uruguai e o Palmeiras campeão, eu acho que eu pulo dentro do campo (risos).
Torcedores do Palmeiras esperando a saída da delegação palmeirense para o Uruguai
Henrique Toth
E sobrou tempo, claro, para uma pequena rivalidade.
– Foi muito bonita a festa, né. Eu acho que nossa festa hoje foi mais bem organizada, mais bonita que a deles lá do Rio – brincou.
– Não era só o torcedor masculino, tinha muitas moças, crianças e uma velha… Eu né (risos). Valeu a pena ir – contou Maria.
Questionada sobre qual jogador do Flamengo o Palmeiras deveria ficar de olho, Dona Maria brincou com Gabigol, atacante rubro-negro.
– Olha, eu não gosto do… É Gabigol que falam, né? Esse não vai de jeito nenhum. Acho ele metido, e não é ninguém, porque quando foi para a Itália, né, pegou a mochilinha dele e voltou. Bem de olheira baixa, não era tudo isso.

ge.globo
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Fonte: Globo Esporte

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