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Leila Pereira começa gestão no Palmeiras entre intolerância de torcida e necessidade de revisar departamentos estratégicos

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Não tem problema nenhum que o diretor de comunicação tenha sido torcedor do clube que for. Mas é importante entender que departamento de marketing é estratégico e não pode estar sob o mesmo guarda-chuva Não tem sentido a pressão para derrubar o novo diretor informal de comunicação do Palmeiras, por ser, ou ter sido, torcedor de algum clube rival. Quem trabalha em clubes de futebol com receitas superiores a R$ 600 milhões, como é o caso palmeirense, têm de ser profissionais. Não são torcedores. A gestão de Leila Pereira começou com austeridade e correção no discurso sobre não onerar os cofres do clube. A Crefisa não vai emprestar dinheiro ao Palmeiras. Vai cumprir o amplo contrato de patrocínio que assinou, e renovou, no fim de 2021.
Por outro lado, a expectativa injustificável de parte da torcida por reforços pagos com dinheiro da Crefisa se dá pelo discurso difuso da época da campanha. Há conselheiros que votaram nela para presidente por causa desta esperança. Ela está certa em usar só o dinheiro que o Palmeiras possui e nem um tostão a mais.
Medir expectativa x realidade não vai ser simples. O caso do centroavante é explícito. Não há no mercado um nome indiscutível. O Palmeiras não tem condição de contratar Haaland ou Lewandowski. Alario não muda a discrepância do futebol da Europa com o da América do Sul, não dá favoritimos no eventual confronto contra o Chelsea, no Mundial.
Também não faz sentido a intolerância clubística com o diretor de comunicação, por ser supostamente corintiano. Mas há um ajuste necessário para o início da gestão de Leila Pereira. Ela só nomeou um diretor de marketing estatutário e, portanto, político. Trata-se de Everaldo Coelho da Silva. Na gestão de Mauricio Galiotte, havia um diretor estatutário, mas o executivo da pasta era profissional: Roberto Trinas.
Leila Pereira fala sobre reforços do Palmeiras e avisa: “Não vou quebrar o clube”
O Palmeiras evoluiu muito nos últimos sete anos, gestões de Paulo Nobre e Mauricio Galiotte, ao entender que as áreas estratégicas devem ser profissionalizadas. Basta ver o crescimento de receita do Flamengo ou comparar com modelos de negócio de clubes associativos, como o Real Madrid.
O marketing é pasta estratégica, o coração de um grande clube no mundo no século 21. Não pode estar debaixo do guarda-chuva da comunicação, nem ser dirigida por um diretor amador, estatutário e, portanto, político.
Este ajuste é urgente. O clube pelo qual o profissional torce não tem a menor importância.. Mas o que ele vai fazer pelo crescimento do departamento tem. O botafoguense Juca Colagrossi colabora enormemente para o aumento de receita do Corinthians, de um ano para cá. Apenas um exemplo.
Leila Pereira, presidente do Palmeiras, discursa com o diretor Anderson Barros e o gerente Cícero Souza ao fundo
Cesar Greco

Fonte: Globo Esporte

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