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AQUISIÇÃO DE EQUIPAMENTO REDUZ TEMPO DE ESPERA E AMPLIA CAPACIDADE DE PROCESSAMENTO DE EXAME DE LEISHMANIOSE NA CAPITAL

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AQUISIÇÃO DE EQUIPAMENTO REDUZ TEMPO DE ESPERA E AMPLIA CAPACIDADE DE PROCESSAMENTO DE EXAME DE LEISHMANIOSE NA CAPITAL

O secretário de Saúde José Mauro Filho visitou o laboratório na tarde desta quinta-feira.

O Laboratório de Imunologia do Centro de Controle de Zoonoses de Campo Grande (CCZ)  está tendo sua funcionalidade ampliada com a aquisição de um novo equipamento para realização de exames de Leishmaniose Visceral Canina (LVC) confirmatório feito por meio da técnica de Enzyme Linked Immunosorbent Assay (ELISA), que permite a detecção de anticorpos no plasma sanguíneo, o antileishmania Com isso, o tempo de espera pelo resultado será reduzido e a capacidade de processamento ampliada. O serviço é oferecido gratuitamente pelo órgão para a população.

Segundo o  secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho, com a aquisição do equipamento será possível reduzir em no mínimo 30% o tempo de espera pelo resultado do exame, além de ampliar a oferta sendo todo o processo realizado no próprio CCZ. Em média, o resultado era obtido de 10 a 14 dias e, agora, será possível reduzir para sete dias. Ele esteve na tarde desta quinta-feira (27) no laboratório para conhecer e acompanhar o trabalho dos servidores. A visita foi acompanhada pela superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, Veruska Lahdo, da coordenadora do CCZ, Juliana Rezende, e do médico veterinário Cléber Galvão

“A amostra era recebida aqui e precisava ser encaminhada para o laboratório do Estado (Lacen) para ser processada, o que aumentava o tempo de espera. Agora todo o processo será feito no próprio CCZ, o que nos dará mais autonomia e agilidade neste processo. É mais uma conquista para a Saúde Pública do nosso Município, considerando que a leishmaniose é grave e a testagem é importante para nos dar um parâmetro quanto a prevalência da doença, possibilitando assim estabelecer  estratégias de enfrentamento”, diz.

Atualmente, o CCZ realiza cerca de 4 mil exames de leishmaniose por dia, entre o teste rápido e o ELISA. O equipamento adquirido pelo Município tem capacidade para processar mais de 400 testes por dia, caso seja necessário.

No caso do exame sanguíneo positivo para a leishmaniose, o tutor poderá optar pelo tratamento, sendo necessário assinar um termo de responsabilidade que encaminhará o cão a uma clínica veterinária e nesse termo constará que o tutor está ciente sobre o que a doença pode causar ao animal caso o tratamento não seja realizado de forma correta, seguindo todas as recomendações feitas pelo órgão..

Até julho deste ano, foram confirmados 4 casos de leishmaniose tegumentar e 16 de leishmaniose visceral em humanos em Campo Grande. A doença é de difícil tratamento, sendo que o paciente pode evoluir para óbito.

Dentre cães, no primeiro semestre deste ano foram 259 exames reagentes para leishmaniose, uma positividade de 33,16%. O CCZ atua para conscientizar a população sobre as medidas de combate e prevenção à doença, através das chamadas ações extramuros e também é feito o trabalho de bloqueio e manejo para eliminação do mosquito em parceria com a Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV).

Assim como o combate à dengue, a principal forma de prevenção à Leishmaniose, é evitar a proliferação do mosquito flebotomíneo, conhecido como palha. É necessário evitar o acúmulo de matéria orgânica, como resto de frutas, folhas, entre outros, tornando o ambiente propício para a presença do mosquito. Os cuidados com os animais domésticos também são importantes.

Em agosto deste ano, o Município iniciou trabalho de encoleiramento de cães em regiões de vulnerabilidade socioeconômica da Capital. Ao todo, nove mil animais serão testados e receberão a coleira que protege contra o mosquito que transmite a doença.

O projeto é uma iniciativa do Ministério da Saúde, que elegeu 160 municípios para reduzir a incidência de casos em humanos e a prevalência em cães em, no mínimo, 50%. A Capital, como se trata de uma cidade em região endêmica de leishmaniose, é considerada como uma região prioritária pelo órgão.

Segundo a coordenadora do CCZ, Juliana Rezende,  além do encoleiramento dos animais, as equipes também fazem a coleta de sangue que será analisada posteriormente para verificar a prevalência da doença.

Conforme preconizado pelo Ministério da Saúde, a primeira etapa será realizada com todos os cães com idade igual ou superior a 03 meses juntamente com a coleta de sangue do animal. A partir da primeira substituição das coleiras, ela só será feita se o resultado do exame for negativo.

Os critérios para realização do projeto nestas três áreas são, além da vulnerabilidade socioeconômica, a ocorrência frequente de condições favoráveis à procriação do flebótomo – o mosquito palha -, a taxa de positividade canina e o número de episódios em humanos. Incidência em Campo Grande .

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