Algumas casas projetam juros acima de 10% em 2022 e o estouro da meta de inflação, além deste ano, também em 2022. Resultado: os mais pobres, que deveriam ser os beneficiados pela medida do governo, poderão acabar sendo os mais prejudicados, pois a inflação corrói o valor do dinheiro, especialmente da população alvo do auxílio prometido. E toda a economia sofre com altas nas taxas de juros, a única alternativa do Banco Central para tentar conter os aumentos de preços, ja elevados.
MARCELO NERI, ex-presidente do Ipea – “Eu acho que a gente talvez não esteja fazendo nem uma coisa econômica nem social. A gente está criando uma grande incerteza, que é ruim para todo mundo. Perdem as finanças públicas, a economia, perdem as pessoas, em particular os mais pobres. Então, eu acho que a gente não está numa boa agenda nem econômica nem social. O risco é de um efeito bumerangue. O dinheiro, que deveria ajudar, acaba perdendo valor por causa da inflação”.
Fonte: IG